Você sabia que, assim como toda atividade comercial, a pesca também necessita de uma infraestrutura de apoio? Infelizmente, a situação das 15 comunidades pesqueiras afetadas pelo incêndio da Ultracargo é precária nesse sentido. Quando falamos de infraestrutura, temos três grandes momentos: (1) busca pelos insumos necessários à pescaria; (2) a própria pescaria; e (3) o escoamento da produção. Mas quais infraestruturas auxiliam os pescadores em cada um destes momentos?
A saída para o estuário no Monte Cabrão , Santos (SP) depende da maré cheia, e apesar da sua importância na coleta e desembarque de caranguejos, não observa-se nenhuma infra-estrutura de apoio à pesca.
Na aquisição de insumos como combustível, rancho e gelo, é fundamental a existência de postos e comércios de revenda desses produtos na proximidade do embarque. Para a pescaria são fundamentais píer de embarque e atracação. Por fim, para o escoamento da produção, há que se ter proximidade dos pontos de venda, bem como a possibilidade de estocar a produção em câmaras frias, por exemplo. Poderíamos citar também outras infraestruturas como estaleiros para a manutenção das embarcações.
No bairro Santo Antônio em Guarujá (SP) observamos que principalmente o acesso às embarcações é bastante difícil. Essa dificuldade é enfrentada diariamente pelos pescadores(as) nos embarques e desembarques. Por outro lado há uma ótima área para instalação de câmara fria, bomba de combustível ou uma “carreira” para subida de barcos, porém nada disso está presente.
Viram só quanta coisa precisa para melhorar a condição das pescarias? Esse é um dos pontos previstos no Acordo de Pesca com vistas a compensar os danos que a pescaria artesanal sofreu após o acidente ambiental no porto de Santos. #AcordoDePesca