Foram várias manifestações de pescadores artesanais em São Paulo que já participamos. Porém, a realizada em maio de 2021 traz contornos especiais devido à crise sanitária e toda a dificuldade com a queda na venda de pescados.
A pauta é longa e acumula muitas demandas para o setor pesqueiro artesanal que se vê refém de uma política que pouco agrega para a pesca, seja na esfera Federal, Estadual e até mesmo Municipal, está última ausente em todos os municípios costeiros de São Paulo. Todo o sufoco enfrentado pelo setor, com normas anacrônicas e ausência de mecanismos de participação para formulação de políticas públicas com e para a comunidade pesqueira artesanal, está represado em um sentimento de indignação e insatisfação.
Diante de tantas mudanças que precisam acontecer em toda a cadeia produtiva, a grande maioria acredita que reconhecer a pesca de rede de emalhe de superfície seria de grande valia, para que ao menos nessa safra de inverno algo bom viesse ao setor. A construção das regras deve ser feita com os usuários, aproximando-se do mundo real, pois da forma que está simplesmente não funciona.
É necessário o reconhecimento da regionalização da gestão pesqueira, bem como dos fóruns de participação desde uma pequena praia, até algo mais regionalizado, podendo ser ampliado para todo o Estado de São Paulo. Seguimos buscando sensibilizar as esferas de governo.