Pontapé inicial no Canal de Bertioga

Projeto do Instituto Maramar tem o objetivo de fomentar a pesca esportiva responsável; 15 barqueiros locais atuarão como multiplicadores do conhecimento para turistas

O Instituto Maramar esteve em campo nesta terça-feira (2) para dar início ao projeto de pesca esportiva responsável no Canal de Bertioga, que irá atuar junto a barqueiros locais (conhecidos como piloteiros) para que eles se tornem futuros guias multiplicadores de conhecimentos que visam à conservação do meio ambiente. Conduzida pelo nativo Welton Germano, 32, a equipe do instituto percorreu todo o canal, desde a barra do rio até a Ilha Diana, em Santos.

Durante o percurso, exemplos dos diferentes tipos de uso que ocorrem nesse espaço coletivo puderam ser observados: pesca esportiva, pesca artesanal, balsas para travessia e lanchas recreativas. Na visão de Germano, o ecossistema tem sofrido profundas alterações nos últimos anos. “A pesca do robalo está mais difícil que antigamente porque a quantidade de peixes diminuiu”, comenta.

A pesca esportiva é uma prática bastante difundida no Canal de Bertioga, que atrai milhares de pessoas anualmente para a região e movimenta a economia local. Para que não traga impactos negativos ao ambiente estuarino, o projeto do Maramar propõe uma série de condições e técnicas, que envolvem desde a valorização da mão-de-obra local até a concepção de uma campanha de conscientização direcionada aos turistas.

O diretor do Instituto Maramar, Fabrício Gandini, acredita que é necessário buscar um novo tipo de governança no local. “Todos os envolvidos devem participar do processo, buscando soluções inteligentes para manter o meio ambiente preservado e as pessoas vinculadas aos seus territórios”, afirma. “Optamos por construir uma rede de guias formada por gente que tem um conhecimento tradicional da pesca, que muitas vezes também são pescadores artesanais”, completa.

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